quarta-feira, junho 27, 2007

Treze Homens e um Novo Segredo



Título Original: Ocean's Thirteen
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 122 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Brian Koppelman e David Levien, baseado nos personagens criados por George Clayton Johnson e Jack Golden Russell
Edição: Stephen Mirrione
Site Oficial: http://www.13homenseumnovosegredo.com.br/

SinopseReuben Tischkoff (Elliott Gould), o homem que bancou financeiramente o assalto triplo aos cassinos de Terry Benedict (Andy Garcia), foi traído por Willie Bank (Al Pacino), um inescrupuloso dono de cassinos. Com Reuben no hospital, Danny Ocean (George Clooney), Rusty Ryan (Brad Pitt) e sua trupe mais uma vez se reúnem para iniciar um plano de vingança. O objetivo é derrotar Bank na noite de inauguração de seu mais luxuoso cassino, chamado The Bank, derrotando-o financeiramente e também atingindo sua reputação.

Fonte: http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/



Treze homens e um novo segredo traz de volta a trupe de Danny Ocean (George Clooney) em mais uma aventura nos cassinos de Las Vegas, com um roteiro, mais uma vez, impecável.
E um dos méritos do filme é a química entre os atores. É impressionante como George Clooney e Brad Pitt se dão bem no filme. Diálogos rápidos e inteligentes, piadas sutis, pensamentos conectados. Matt Damon (Linus) também desenvolve mais seu personagem nesta continuação. Retornam ainda os perdedores dos dois outros filmes, Terry Benedict (Andy Garcia) e François Toulour (Vincent Cassel), apenas para reforçar suas respectivas derrotas.
Al Pacino pode ser considerado aqui a cereja do bolo. Este dá vida ao dono de cassino Willie Bank, e com toda a sua experiência de gangster (O Poderoso Chefão já diz tudo, nem preciso citar Scarface... rs), constrói o personagem com facilidade, nos mostrando porque ele é um dos atores mais respeitados do mundo cinematográfico.
Méritos também para o diretor Steven Soderbergh (que também dirigiu Erin Brockovich – Uma mulher de talento), que repete a fórmula de sucesso dos filmes anteriores. A edição do filme e a trilha sonora continuam espetaculares, ditando o ritmo do filme. Se piscar um minuto, perde-se algum detalhe.
O filme só tem um ponto fraco: não tem as presenças de Julia Roberts e Catherine Zeta-Jones.

Mas fora isso, é diversão na certa!

quinta-feira, junho 07, 2007

Tem estréia brasuca!!!



Não por Acaso



Gênero: Drama
Tempo: 102 min.
Lançamento: 07 de Jun, 2007
Classificação: 10 anos
Distribuidora: Fox


Sinpse: Ênio (Leonardo Medeiros) é um engenheiro de trânsito que, operando sinais, busca comandar o fluxo dos automóveis da cidade de São Paulo. Sua mania de controle reflete-se também em sua vida doméstica. O encontro com a filha, Bia (Rita Batata), faz com que ele se sinta sem o controle de tudo. Pedro (Rodrigo Santoro) é dono de uma marcenaria especializada na construção de mesas de sinuca. Meticuloso, possui uma visão peculiar do jogo de sinuca. Um acidente faz com que a vida de ambos tome rumos surpreendentes.


Fonte:

http://br.cinema.yahoo.com/filme/14260/sinopse/naoporacaso


Nada melhor do que ver outro filme brasileiro nas telas dos cinemas. E temos sempre que apoiar o cinema brasileiro, que renasceu das cinzas para ocupar seu lugar de destaque nos cinemas brasileiros.
Esta é a estréia do diretor Philippe Barcinski na direção de um longa metragem, após uma bem sucedida passagem pelo mundo dos curta-metragens (Palíndromo, Janela aberta).
Rodrigo Santoro retorna as telas brasileiras após o sucesso de seu personagem Xerxes, em 300, que lhe rendeu até uma indicação de melhor vilão no MTV Movie Awards deste ano.
O elenco conta ainda com Leonardo Medeiros, Letícia Sabatella, Rita Batata, Branca Messina, Cássia Kiss e Graziella Moretto.
O filme foi exibido durante o Cine PE Festival do Audiovisual em abril deste ano, e arrematou quatro prêmios:

· Melhor ator: Leonardo Medeiros
· Melhor atriz coadjuvante: Branca Messina
· Melhor fotografia: Pedro Farkas, ABC
· Melhor Montagem: Márcio Canella


Maiores informações, visitem o website do filme:

http://www.naoporacaso.com.br/

Grande abraço e bom filme!
Não esqueçam de desligar seus celulares!




Crítica (Fuca)

Quem quer deixar de ser uma ilha deserta?
“Não por acaso” é um filme denso, com um roteiro até certo ponto monótono, mas que mexe com sentimentos profundos, que hoje em dia estão esquecidos. A história Ênio (Leonardo Medeiros - Excelente), que tem um trabalho pragmático e ao que parece acostumado a sua rotina diária (Tudo isso brilhantemente bem representado nas primeiras cenas do filme), contada paralelamente aos eventos da vida de Pedro (Rodrigo Santoro), despido da função de galã, e virtuoso na composição do seu personagem, é uma porrada! Esse paralelismo termina com o evento que une a vida dos dois.
Vi muita gente saindo do cinema com “cara de quem comeu e não gostou”. Mas isso fica claro dentro do próprio conceito do que é a idéia do filme. “Não por acaso” é um filme que fala do nosso contexto atual. Ele explora a nossa formação quanto sociedade. Somos um conjunto de ilhas, cercadas de “vazios” por todos os lados. Somos arquipélagos que por vezes até tem suas ilhas encontrando-se entre si, mas nunca perdendo o seu sentido de unidade. Estamos vivendo socialmente, mas não convivendo. Não temos tempo e nem interesse em nos preocuparmos uns com os outros.
Ênio é o típico homem de meia idade, que já não vê perspectiva em nada e segue de maneira monótona a sua vida. Vive de maneira tão conservadora que até servir um café a sua filha, após uma visita que quebra a sua rotina, torna-se a mais difícil e constrangedora das tarefas. Pedro é um pouco diferente. É o cara que até quer algo novo, mas desde que a sua “ilha” não seja invadida. Mora junto com a namorada, mas isso após ela deixar seu confortável apartamento para morar em sua casa, de onde ele dá continuidade a carreira do pai como construtor de mesas de sinuca.
É claro que as mudanças na vida de cada um, e até como cada um reage a isso são mediadas por um acidente. Mas aí é que mora o brilhantismo de “Não por acaso”. É a composição de um drama que nós vivemos todos os dias, vivendo nossas vidas, sem nos preocuparmos com o nome do colega da mesa do lado no trabalho (Ênio) ou com as vontades de nossos parceiros (Pedro). Seguimos dia após dia sem nos interessar com nada que ultrapasse os limites da nossa ilha pessoal.
“Não por acaso” fala do nosso isolamento quanto pessoas, e da oportunidade que temos a cada dia de tentar buscar novidades para a nossa vida. Somos ilhas desertas cercadas de solidão por todos os lados. Pior para aqueles que não tem a oportunidade de um acidente fazer mudar tudo. Até porque alguns nem mesmo enxergam a necessidade de mudança. É mais confortável sair da sala escura com a “cara de quem comeu e não gostou” mesmo...

“Não por acaso” faz pensar.
Filmaço!!!