segunda-feira, março 17, 2008

Juno - crítica



JUNO


Gênero: Comédia, Drama
Duração: 96 min.
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Palavras-Chaves: Compositor, Comédia de humor negro, Relacionamento entre madrasta e enteada, mais...
Prêmios: Vencedor de 1 Oscar
Distribuidora(s): Paris Filmes
Produtora(s): Fox Searchlight Pictures, Mandate Pictures, Mr. Mudd
Diretor(es): Jason Reitman
Roteirista(s): Diablo Cody
Elenco: Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Allison Janney, J.K. Simmons, Olivia Thirlby, Eileen Pedde, Rainn Wilson, Daniel Clark (2), Darla Vandenbossche, Aman Johal, Valerie Tian, Emily Perkins (1), Kaaren de Zilva


SINOPSE:

Juno MacGuff (Ellen Page) é uma jovem de 16 anos que acidentalmente engravidou de Paulie Bleeker (Michael Cera), um grande amigo com quem transou apenas uma vez. Inicialmente ela decide fazer um aborto, mas ao chegar na clínica muda de idéia. Junto com sua amiga Leah (Olivia Thirlby) ela passa a procurar em jornais um casal a quem possa entregar o bebê assim que ele nascer, já que não se considera em condições de criá-lo. É assim que conhece Vanessa (Jennifer Garner) e Mark (Jason Bateman), um casal com boas condições financeiras que está disposto a bancar todas as despesas médicas de Juno, além de dar-lhe uma compensação financeira caso ela queira. Juno recusa o dinheiro para si, mas decide que Vanessa e Mark ficarão com seu filho. Extra: Em entrevista, a atriz canadense Ellen Page comentou que se encantou em atuar neste longa-metragem, embora tenha sofrido um pouco durante as filmagens. "A roupa que tinha de usar, com uma barriga de grávida, era pesada, incômoda e me fazia suar muito na barriga. Acho que emagreci alguns quilos, era demais", comentou. Curiosidades: Foi Ellen Page quem sugeriu que sua personagem fosse fã das músicas de Kimya Dawson e The Moldy Peaches; O telefone de hamburger visto em cena pertence a Diablo Cody, roteirista de "Juno"; Foi o 1º filme lançado pela Fox Searchlight Pictures a ultrapassar a marca de US$ 100 milhões arrecadados nas bilheterias dos Estados Unidos; O orçamento do longa foi de US$ 7,5 milhões.


CRITICA PRETO E BRANCO:


Viva Juno!
Matéria prima de todas as formas de transgressão contra essa opressão enfadonha e mesquinha que nos priva de sermos nós mesmos. Como me senti identificado pelo drama da menina de 16 anos que se vê grávida de uma hora pra outra. Não no sentido da “gravidez materna”, mas sim gravidez de momentos que toda pessoa passa na vida e que se sente perdida ou faltando alguma coisa. Quem não se sente grávido de se assumir gay, trocar de emprego, de namorada, dizer a alguém que a ama, que sofre, que algo faz falta? Quem não quer mudar de cidade, de ares? Quem não quer encontrar a sua felicidade particular?
Juno é o paradoxo entre ser feliz e seguir as velhas regras. Já está mais do que na hora de abrirmos mão (as duas mãos!) de seguir as receitas pré-escritas e encontrarmos o nosso lugar no mundo. Estamos carentes de sermos personagens de nós mesmos. Chega de tentar ser o(a) mocinho(a) da novela das 8! E isso, a menina Juno nos mostra com delicadeza e sensatez de gente grande!
Juno coloca cada um em seu lugar, e mais do que isso encontra seu próprio lugar, respeitando seu momento e suas intenções pra ser feliz. A vida é uma imensa colcha de retalhos. Retalhos esses que são cada momento de prazer e felicidade que vamos bordando dia após dia com o nosso fio de vida. Mas cada qual a sua maneira.
Receita de felicidade é algo totalmente pessoal, e Juno encontra a dela. Encontre a sua!
Mais do que uma crítica, um desabafo!